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A necessidade de mentoria

Uma das maiores necessidades hoje, na perspectiva da liderança cristã, é a mentoria. Seremos melhores líderes à medida que caminharmos com outros irmãos mais maduros do que nós, para nos ouvir e nos assistir ética, emocional e espiritualmente. O mais experiente cuidando do menos experiente. O mentoreado, menos experiente, prestará contas da vida, da família e do ministério.

 

Na Bíblia, temos vários exemplos de cuidado: Eli e Samuel; Elias e Eliseu; Paulo e Timóteo; Barnabé e João Marcos. Nesses exemplos, a iniciativa foi do mais velho, pois mentorear é assistir, encorajar, ensinar e acompanhar bem de perto, sabendo ouvir com atenção e oferecendo preciosas orientações.

 

Segundo o dicionário Aurélio, mentor é a “pessoa que guia, ensina ou aconselha outra; guia, mestre, conselheiro”. Tendo alguém a quem prestamos contas, erramos menos, ficamos mais refratários aos erros altamente prejudiciais. Crescemos à medida que compartilhamos a vida pessoal, a fé, as necessidades, as expectativas e os sonhos com pessoas maduras, discretas e confiáveis.

 

A atividade de cuidar do outro traz benefícios para o mentor – uma pessoa madura na fé, de confiança e disposta a servir. O mentor contribui para o crescimento daquele que está sendo cuidado, trazendo o sentido de responsabilidade e aperfeiçoamento da vida pessoal, da vida familiar e da vida ministerial. Os benefícios são tremendos para ambos os lados, considerando as famílias e comunidades envolvidas.

 

Sabemos que há muitos líderes feridos que não experimentaram o cuidado de alguém de carne e osso. Deus usa homens e mulheres para serem bênçãos na vida de outros. Como é relevante prestarmos contas a alguém que é mais maduro, sabe ouvir e nos aconselha com sabedoria!

 

Nos exemplos bíblicos que foram dados, todos foram ricamente abençoados, pois houve uma contribuição mútua. Há muitos líderes imaturos por falta de iniciativa e medo de pedir a Deus alguém que os acompanhe, que seja mais experimentado na fé. Ainda há desconfiança e preconceito, que impedem uma assistência mais expandida e comprometida. Pecamos por falta de iniciativa de ambas as partes.

 

Mentoria é relacionamento pessoal que tem implicações coletivas, sociais. Ela ajuda nos desenvolvimentos espiritual, ético, psíquico, emocional e físico. Só traz benefícios. O mentor deve utilizar a Palavra de Deus como vade-mécum na sublime tarefa de formar o caráter de Cristo Jesus na vida daquele que é ministrado, que recebe a mentoria. O acompanhamento terapêutico deve ser o mais informal possível. O mentor deverá tratar de coisas profundas sempre na perspectiva dos valores do Reino de Deus, expostos nas Escrituras Sagradas.

 

Aquele que é cuidado hoje pode ser um mentor amanhã. Isso quer dizer que os mentores de hoje formam os mentores do futuro — uma rede de bênçãos para a Igreja e a sociedade.

 

Quem deve ser o mentor ou a mentora?

 

Aquele ou aquela que tem um forte compromisso com a Palavra de Deus, com a oração, a família e a Igreja, e que tem uma visão bíblica do Reino de Deus. Deve ser uma pessoa firme em suas convicções, possuindo um caráter de integridade e valores à toda prova. Toda a sua formação pessoal será muito útil no processo do cuidado.

 

Nos países desenvolvidos, a mentoria cristã já está muito difundida, pois é uma prática cristã respeitada. O acompanhamento terapêutico deve ser com base no amor, na perseverança, na justiça, na verdade, na solidariedade, na piedade e no compromisso com a excelência cristã, com os valores ensinados pelo Senhor Jesus.

 

O mentor deve ter a fé de Abraão, a persistência de Jacó, a integridade de José, a coragem de Davi, o amor de João e a consciência de missão do apóstolo Paulo.

 

A pessoa que cuida está comprometida com o Evangelho da graça — o Evangelho das insondáveis riquezas de Cristo — expressando a graça e a disciplina do Evangelho. Sua vida está centrada em Cristo Jesus.

 

Que sejamos mentores, para que a liderança e a Igreja sejam relevantes neste mundo e a glória de Deus se manifeste entre nós!

 
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